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Métodos de Pesquisa

Laboratório de Abelhas - USP

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- Item 02 -
DIVISÃO DE RECURSOS, PREFERÊNCIAS FLORAIS, ATIVIDADE EXTERNA E ESTUDOS DE COMUNIDADES DE ABELHAS SOCIAIS

MÉTODOS

1) Levantamento de ninhos de abelhas presentes na região de estudo.

2) Observação, coleta e identificação de espécimes de abelhas em uma determinada área - identificação e coleta dos espécimes vegetais visitados.

3) Identificação e quantificação de uso de fontes de pólen e néctar a partir da análise polínica de alimento estocado nas colônias.

4) Levantamento de abelhas solitárias

5) Caracterização da atividade de vôo pela contagem de indivíduos na entrada das colméias e medições das variáveis abióticas (temperatura, umidade relativa, intensidade luminosa, velocidade do vento).

3) Identificação e quantificação de uso de fontes de pólen e néctar a partir da análise polínica de alimento estocado nas colônias.

Caso o pesquisador esteja interessado em estimar o uso dos recursos florais em uma certa região por determinadas espécies de abelhas, deve-se primeiramente escolher as espécies a serem analisadas a partir das que existem no local. Deve-se então colocar alguns ninhos das espécies escolhidas em caixas racionais de uso corrente em meliponicultura. A partir disso, dois procedimentos podem ser utilizados.

- Análise de mel: a questão da sub e super representatividade dos grãos de pólen

- Lista das publicações do Laboratório de Abelhas que utilizaram os métodos descritos neste item

Um dos procedimentos consiste em coletar as abelhas que estão entrando na colméia com o uso de uma rede entomológica. Neste caso, geralmente são coletados apenas os indivíduos que apresentam carga de pólen nas patas. A carga pode ser retirada com o auxílio de um estilete e colocada em um Eppendorff. Essa rotina pode ser repetida por um determinado intervalo de tempo estabelecido pelo pesquisador. Deve-se considerar que o número de abelhas que trazem pólen para a colméia varia durante o dia, sendo que para meliponíneos, por exemplo, o horário de maior atividade, na maioria dos casos, é o início da manhã.

Ao final da coleta, o Eppendorff pode ser preenchido com ácido acético para que os grãos fiquem protegidos e possam ser posteriormente, preparados e analisados. O Eppendorff deve ser etiquetado de forma clara.

Um outro procedimento possível é abrir a caixa racional e coletar mel e pólen do interior dos potes de armazenamento. O mel pode ser colhido, com o auxílio de uma seringa, do interior de um pote de mel que estiver aberto. A seringa deve ser corretamente etiquetada.

O pólen requer mais cuidado. Uma vez que as abelhas manipulam bastante o pólen que está armazenado no interior da colméia, existe o risco das pelotas de pólen serem antigas, mesmo que estejam dentro de um pote aberto e aparentemente novo. Assim, se for de extrema relevância a época em que as abelhas coletaram o pólen é preferível adotar o procedimento descrito acima, ou seja, coletar as abelhas que estão entrando com pólen na colméia. Caso contrário, pode-se coletar algumas pelotas ao acaso dos potes abertos e que forem mais novos, e colocá-las dentro de um Eppendorff com ácido acético.

No laboratório, todo o material deve ser preparado como descrito no item 1.2. e analisado em microscópio.

Referências:

ELTZ T et al. 2001. Assessing stingless bee pollen diet by analysis of garbage pellets: a new method. Apidologie 32 (2001) 341–353.

WILMS, W.; IMPERATRIZ-FONSECA, V.L. & ENGELS, W. 1996. Resource partitioning between highly eusocial bees and possible impact of the introduced honeybee on native stingless bees in the Brazilian Atlantic rainforest. Stud.Neotrop.Fauna & Envirom., v.31, p.137-151.

WILMS, W. & WIECHERS, B. 1997. Floral resources partitioning between native Melipona bees and the introduced Africanized honeybee in the Brazilian Atlantic rain forest. Apidologie, v.28, p.339-55.